sexta-feira, 10 de outubro de 2008

SEGUNDA BEM AVENTURANÇA

MT 5:4

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.”

De fato, Bem-aventurada é aquela pessoa que, tendo dito: “ Eu aqui pereço de fome”, segue dizendo: “Pai, pequei contra ti.” As pessoas choram por muitas razões: enfermidades, dor, luto, perda material, orgulho ferido, etc. No presente contexto, contudo, o que se vê é um tipo de choro basicamente diferente.
Não é necessário, contudo, limitar esse choro ao que ocorre em decorrência dos próprios pecados individuais de uma pessoa: aqueles pelos quais pessoalmente ofendeu a Deu. Esse tipo de tristeza pode ser deveras pungente(Sl 51.4). Sem dúvidas, porém, mais do que isso é incluso. O regenerado aprende a amar a Deus de tal forma que começará a chorar diante de “ todas as obras ímpias que os ímpios têm cometido de uma forma muito ímpia”(Jd 15). O seu pranto, pois, está centrado em Deus, não no homem. Eles “suspiram e clamam” não somente diante de seus próprios pecados, não somente ante a soma destes com o poder dos ímpios em oprimir os justos(Hb1.4; 2Tm3.12), mas por causa da transgressão do cativeiro”(Ez 9.4).Dilacera-lhes o fato de que Deus, o seu próprio Deus a quem ama, está sendo desonrado. Cf Sl 139.21. Esse tipo de tristeza – “para glória de Deus” – é também notavelmente expresso em Sl 119.136: “ Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.” Ver também Ed 10.6. Em um comovente capítulo, ao prantear e fazer confissão de pecado, Daniel combina seus pecados pessoais com o de seu povo (Dn 9.1-20). Ao proceder assim, ele roga “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome” (v.19).
A poderosa onda de emoção que caracteriza a efusão do coração expressa em Sl.119 e Dn 9 se coaduna com o presente contexto, pois a palavra traduzida por chorar, na segunda Bem-aventurança, indica uma tristeza que emana do coração, toma posse da pessoa toda e se manifesta exteriormente.
A Bem-aventurança dessas pessoas consiste nisto: serão consoladas. A tristeza piedosa faz a alma olhar para Deus. Deus, por sua vez, confere consolo aos que buscam para si ajuda dele. É ele quem perdoa, liberta, fortalece e acalma (Sl 30.5; 50.15; Is 15.6,7; Mq 7.18-20; Mt 11.28-30). Assim as lágrimas, como as gotas de chuva, caem na terra e sobem na forma de flores(Sl 126.5; Ec 7.3; Jo 14).
Ás vezes o consolo consiste em que a própria aflição é removida(2Cr 20.1-30; 32.9-23; Sl 116; Sl 38; At 12.5 etc.). entretanto, com freqüência a aflição permanece por algum tempo, mas um peso de glória supera a dor (2Co 4.17; 12.8,9).
Pergunta: Qual é o seu consolo tanto na vida como na morte?
Resposta: Que eu, de corpo e alma, tanto na vida como na morte, não pertenço a mim mesmo, mas ao meu fiel Salvador Jesus Cristo que, com seu precioso sangue, fez plena satisfação por meus pecados e me livrou de todo o poder do diabo, de tal maneira me guarda que sem a vontade de meu Pai celestial nem um só cabelo de minha cabeça pode cair; antes, é necessário que todas as coisas sirvam para minha salvação. Por isso também me assegura, por meio de seu Espírito Santo, a vida eterna, e me faz pronto e disposto a viver doravante segundo a sua vontade. (2Tm 1.2; 4.7,8; AP 17.14; 19.7).




“Lembre-se, se algo vai mal em nossa vida, é porque não vamos bem espiritualmente”.

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