segunda-feira, 30 de abril de 2012



Introdução às 7 cartas

Levanta-te tu que dormes, levanta-te dentre os mortos... Ef 5:14

Os cap. 2 e 3 de Apocalipse exclusivamente falando profeticamente sobre a igreja de Jesus, são uma exortação para os dias de hoje.

É a exortação mais séria, mais profunda e mais penetrante que tem na Bíblia, para a igreja. Estão totalmente relacionados com a doutrina para a igreja e para a nossa vida cristã. Nessas cartas vemos todos os tipos de erros possíveis de cometer na nossa vida.

Vamos ver como entra o erro na igreja, e o remédio para esses erros.

Vamos ver como Deus julga a igreja.

Veremos também tudo o que agrada a Deus.

Vamos ver as recompensas que esperam os vencedores.

A intenção de Deus ao escrever essas cartas é que seu povo se torne vencedor.

Em cada carta, por duas vezes Deus imprime o seu nome nelas.

Ele coloca seu nome na abertura ( estas coisas diz Aquele ... e faz uma descrição de Si mesmo com alguns dos detalhes de sua aparição em Ap 1), e no encerramento das cartas, Ele diz: "Quem tem ouvidos , ouça o que o Espírito diz às igrejas".

Deus está falando para a igreja e não para o mundo!, como um chamado de atenção, para que seu povo se torne vencedor.

Deus envia cartas para sete igrejas. Elas não são exclusivamente às sete igrejas daquela época, mas representam todas as igrejas. A prova disso é que mesmo não sendo de nenhuma dessas igrejas, estamos recebendo essas cartas e sendo ministrados por elas.

Deus escolheu essas sete igrejas, e a realidade dessas igrejas, naquele momento, para servir como figura profética de, como a igreja iria se desenvolver na história.

Também a realidade daquelas igrejas, representam os tipos de crentes em Jesus.

Nós podemos ir vendo claramente o desenvolvimento da apostasia ( afastamento ), pois Deus tem um plano para nós, e o diabo faz uma cópia falsa, e a maioria prefere seguir a cópia. A apostasia entra nas igrejas, pela falta de conhecimento da palavra, seguindo doutrinas de homens.

A força da apostasia está no desconhecimento da Palavra de Deus.

Estas cartas descrevem o início, o desenvolvimento e o fim do período da igreja. É a história do cristianismo. É a única profecia dada especificamente para a igreja.

As cartas são divididas da seguinte maneira:

Às igrejas de Éfeso, Esmirna e Pérgamo, a parte final começa com um apelo: "quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas; " e aí vem uma promessa.

Nas quatro últimas,- Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia -, isso está invertido, significando que há uma divisão. Ver 2Tm 4:2-5.

No primeiro grupo, Jesus primeiro faz o apelo às igrejas e no final a promessa ao vencedor.

No segundo grupo, o apelo vem no final e a promessa antes.

Nas três primeiras igrejas, que vai do ano 30 ao ano 606 da nossa era, a igreja tinha consciência, e Deus podia falar para a igreja como um todo.

Mas do ano 606 até o final, com tanta apostasia, Deus não espera mais ser ouvido pela igreja toda. Por isso ele fala a indivíduos, aí faz o apelo. Ele fala então, nas quatro últimas cartas, aos vencedores, um grupo menor.

Por exemplo:

A carta à igreja em Éfeso ( do ano 30 ao ano 100 ), corresponde a igreja apostólica, com os apóstolos ainda vivos e dirigindo a igreja;

A carta à igreja em Esmirna ( do ano 100 ao ano 312 ), corresponde a igreja perseguida pelo Império Romano;

A carta à igreja em Pérgamo ( do ano 312 ao ano 606 ), quando o paganismo começou a ser introduzido, era uma igreja que ainda podia ouvir a Deus. Mas quando em 606 isso se oficializou, Deus não fala mais a igreja como um todo;

A carta à igreja em Tiatira ( do ano 606 até a tribulação ), representa igreja católica;

A carta à igreja em Sardes ( do ano 1520 até a tribulação ), representa o protestantismo;

A carta à igreja em Filadélfia ( do ano 1750 até a tribulação ), representa a igreja verdadeira, a que subirá;

A carta à igreja em Laodicéia ( voz do povo ), ( do ano 1900 até a tribulação ), representa a igreja falsa e morna dos últimos tempos.

Ap 2:1-7: CARTA À IGREJA EM ÉFESO

V.1 " Escreve ao anjo da igreja em Éfeso ( desejada, solta, relaxada ): "Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro".

Ja sabemos que as estrelas são os líderes das igrejas, e os candeeiros as igrejas. É o princípio da igreja. Jesus andando no meio deles tendo os líderes na sua mão direita.

V.2-7 "Eu sei de tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e o que não podes suportar aos maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e não o são, e tu os achaste mentirosos. E sofrestes, e tens paciência; e trabalhaste em meu nome, e não te cansaste.

Tenho porém contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres. Tens, contudo a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. Quem tem ouvidos ouça, o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei de comer da árvore da vida, que esta no paraiso de Deus".

Vamos ver Jesus, nas cartas, se apresentando com um dos títulos do início, e tem tudo a ver com a situação da igreja. Historicamente essa igreja representa o desenvolvimento da igreja durante o primeiro século (do ano 30 ao ano 100).

Éfeso pode ser traduzida por duas coisas interessantes mas, opostas: desejada ou solta. Nós vemos nessa igreja as primeiras sementes da apostasia que entrou na igreja. Éfeso era a principal cidade da província romana da Ásia. Lá estava o templo da grande deusa Diana dos efésios, também chamada Artemis, que era uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Essa foi a igreja em que Paulo trabalhou por três anos. Também dirigiu essa igreja, Áquila e Priscila, Timóteo e João. E trinta anos depois de Paulo ter doutrinado essa igreja, a primeira carta do Apocalipse vai para ela.

O v.2, nos mostra uma igreja que trabalhava, suportava provas, tinha perseverança e tinha preocupação com a qualidade dos que trabalhavam para ela.

No v. 5, apesar de reconhecer coisas boas na igreja, Jesus a chama de "caida" por ter perdido o primeiro amor.

O primeiro amor, fala do prazer e da alegria de simplesmente estar com a pessoa amada. Eles não tinham deixado de amar o Senhor, mas seu amor não tinha mais o mesmo fervor, profundidade e significado do início (Ef 1:15,16)

A igreja ou o crente pode ficar tão ocupado em servir, que nem sobra tempo para adorar o Senhor.

É preciso querer andar com o Senhor, ama-lo, conhece-lo, fazer tudo para agrada-lo, isso é o primeiro amor. E obras sem o amor, são vazias.

O verdadeiro testemunho começa com o que somos e se manifesta no que falamos e fazemos.

Isso é muito sério, tanto que Jesus fala: "e tirarei do seu lugar seu candeeiro, se não te arrependeres." Deus remove da sua presença, não mais haverá óleo do espírito, não terá mais luz.

O fim do primeiro amor, é porta de entrada para demônios de separação, destruição. Podemos até fazer uma comparação com um casamento: quando se deixa desaparecer o primeiro amor, a conseqüência disso é a rotina, o descaso, tudo é feito automaticamente, outras coisas vão tomando o interesse. Perder o primeiro amor, é prenuncio de perder o testemunho para Deus, e esse é o objetivo de estarmos aqui neste mundo.

Nós queremos andar com Deus pelas maravilhas e pelos milagres, e não apenas pela sua presença. Calcula-se, pelas informações dos evangelhos que 30% da vida de Jesus, ele ficou de joelhos diante do Pai. Por isso tudo acontecia. Jesus não fazia nada, sem antes ficar em longos períodos de oração. E tudo depende desse amor.

Faça uma comparação com Éfeso trinta anos antes:

Ef 1:15,16 - "Por isso também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações".

Essa era Éfeso quando ainda cultivava o primeiro amor. E podemos crer que Éfeso não se arrependeu, pois Éfeso, hoje está em ruínas, e todo território que eles testemunharam, hoje está entregue ao islamismo.

No v 6, Jesus condena o nicolaitismo ( vencer, conquistar o povo ) que começa a se formar na igreja. O clero se investe de uma autoridade que o Espírito Santo nunca deu. Não existe distinção entre leigos e clero. A igreja toda é reino de sacerdotes ( 1Pe 2:9; Ap 1:6 ). Nós todos devemos ser sacerdotes do Deus vivo.

A diferença que há, é dos dons exercidos na igreja.

Essa idéia de que o povo não entende da Palavra e que só alguns tem essa capacidade, é obra de nicolaíta, isso é usar da liderança para dominar o povo.

Essas são as duas raízes da apostasia ( a perda do primeiro amor e o nicolaitsmo ) que ao invés de serem arrancadas, foram cultivadas e permanecem na igreja até hoje:

E no v.7 a promessa. Quando o homem pecou, foi proibido a ele comer da árvore da vida, pois ela perpetuaria a condição de pecador. Não haveria a chance da salvação. Essa é a promessa ao vencedor, a devolução dessa condição, e com ela a vida eterna.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MENSAGEM PARA O NATAL






Todos sabem que, no natal, comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. Mas, quem é Jesus e para que ele nasceu? Na Biblia estão as palavras do apostolo Paulo que disse: "Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." (I Timoteo 1.15)
Que Jesus veio ao mundo, ninguem duvida. A própria história geral cita esse fato. Alias, todos os outros fatos historicos ficaram divididos entre antes e depois de Cristo. Ele se tornou um ponto de referência universal. Quanto a veracidade de sua existencia, existe comum acordo. Mas, quanto ao proposito da sua vinda, começam as polemicas, que se originam em meras opiniões humanas. O que o texto bíblico diz é que Jesus veio para salvar os pecadores. Ele não veio fundar uma nova religião, nem criar uma nova linha de pensamento filosofico. Ele veio salvar os pecadores. O que é salvação? Libertacão e livramento. Libertação no sentido presente: Quando alguem se entrega a Cristo, ele o liberta dos viçios, das angustias existenciais, da infelicidade, e das opressoes espirituais. A salvação é tambem livramento no sentido futuro. Os que aceitam a Cristo ficam livres da condenação eterna que sobre eles recairia no juizo final.
O apostolo Paulo termina a frase com as palavras : "dos quais eu sou o principal". Ele disse que a salvação era para os pecadores e que ele se considerava o principal deles. Isto é reconhecimento do estado pecaminoso. A parte de Deus na obra da salvação foi enviar Jesus para morrer em nosso lugar, recebendo sobre si o castigo que seria nosso. A nossa parte é reconhecer que somos pecadores e que precisamos do perdão que Cristo oferece. Jesus é o médico espiritual que atende com amor a todos os que reconhecem a doença do pecado. Ele ama a todos e diz "Vinde a mim todos vos que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei." (Mateus 11.28) Reconheçamos pois nossa situação e oremos : "Senhor Jesus, sou pecador. Estou perdido e condenado. Preciso de ti. Eu creio que tu morreste em meu lugar. Tu assumiste a minha culpa e o castigo que seria meu. Agora, eu te aceito como meu Senhor e suficiente Salvador. Entrego a ti a minha vida e tudo que sou. Perdoa todos os meus pecados e ajuda-me a evita-los. Transforma-me para que eu possa viver para a tua honra e morar contigo na eternidade. Amém." Você pode falar com Cristo agora mesmo onde você estiver. Se você o fizer com fé e com um sincero desejo de ter uma experiência real com ele, sua vida será transformada.
Só assim voce podera ter um FELIZ NATAL, pois, dessa forma, o nascimento de Jesus fará diferença para a sua vida, como fez para mim e para milhares de pessoas em todo o mundo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PAZ PERFEITA



“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti” (Isaías 26:3).

Esta é uma promessa maravilhosa e o alvo de todos nós deve ser torná-la nossa experiência. A maneira para se fazer isto é simples: manter nossas mentes cativas no nosso Senhor. Mas apesar de simples, reconheço que não é nada fácil para a maioria das pessoas. Elas preferem pensar nos negócios, no prazer, nas notícias do dia-a-dia, na política, na escola, na música ou na obra do Senhor, ao invés de pensar no próprio Senhor.

Claro, os negócios e outras coisas devem fazer parte dos nossos pensamentos e nós também devemos prestar atenção à obra do Senhor, se O amamos e as almas por quem Ele morreu; mas assim como a noiva pensa durante todo o seu trabalho e lazer em seu amado, e assim como a jovem esposa cheia de novos cuidados está, no íntimo, em comunhão com seu marido, mesmo que ele esteja longe dela, assim também devemos, em tudo, estar em intimidade com Jesus, pensando Nele e deixando nossos corações confiar inteiramente em Sua sabedoria, amor e poder; aí então seremos conservados em “perfeita paz.”

Pense só nisso! “Todos os tesouros de sabedoria e conhecimento estão escondidos” Nele, e nós, em nossa ignorância e insensatez, estamos “aperfeiçoados nele.” Podemos não entender mas Ele entende. Podemos não saber mas Ele sabe. Podemos ficar perplexos mas Ele não fica. Então devemos confiar Nele se somos Dele e assim seremos conservados em “perfeita paz.”

Por dez mil vezes estive em apuros sem saber o que fazer, mas oh, como me confortava saber que Jesus via do início ao fim e estava fazendo com que tudo cooperasse para o meu bem porque eu O amava e confiava Nele! Jesus nunca fica desorientado e quando ficamos perplexos e confusos por nossa insensatez e falta de visão, Jesus, na plenitude de Seu amor e com toda a Sua infinita sabedoria e poder, está resolvendo os desejos dos nossos corações, (se forem desejos santos); Ele não diz: “Ele acode à vontade dos que o temem” (Sl. 145:19)?

Jesus não somente tem sabedoria e amor, como também nos assegura que “todo o poder no Céu e na terra” Lhe pertence, de forma que os conselhos de Sua sabedoria e o terno desejo de Seu amor não possam falhar por falta de poder para cumpri-las. Ele pode transformar os corações dos reis e fazê-los cumprir a Sua vontade, e o Seu fiel amor O levará a fazer isto se nós, tão somente, confiarmos nEle. Nada é mais surpreendente para os filhos de Deus que confiam Nele e observam os Seus caminhos do que as maravilhosas e inesperadas libertações que Ele opera em suas vidas e o tipo de pessoa que Ele usa para cumprir a Sua vontade.

Os nossos corações anseiam ver a glória do Senhor e a prosperidade de Sião. Oramos a Deus e ao mesmo tempo indagamos como o desejo de nossos corações serão atendidos, mas confiamos e olhamos para Deus e Ele começa a trabalhar com as pessoas mais improváveis e da maneira mais peculiar para responder às nossas orações e recompensar a nossa fé paciente. E assim em todas as pequenas provações irritantes e demoras da nossa maçante vida cotidiana, se confiarmos e continuarmos nos regozijando em tudo o que nos aborrece, veremos que Deus trabalha por nós, pois Ele diz que é “socorro bem presente na angústia”, em todos os problemas, e assim Ele é para todos os que mantêm suas mentes cativas nEle.

Faz pouco tempo que o Senhor permitiu que eu passasse por uma série de períodos pequenos de provações agudas, programadas para me aborrecer ao máximo. Mas enquanto eu orava e esperava Nele, o Senhor me mostrou que se eu tivesse mais confiança Nele durante as minhas dificuldades, eu poderia me regozijar e obter bênçãos no meio das minhas provas, assim como Sansão tirou mel da carcaça do leão que ele matara. E assim realmente foi na minha experiência. Bendito seja o Seu santo nome! Eu realmente me alegrei, e provação após provação desapareceu, e somente a ternura da presença e da bênção do meu Senhor permaneceram. Desde então o meu coração tem permanecido em perfeita paz.

Deus não faz isto tudo para eliminar o nosso orgulho, para nos humilhar e nos fazer ver que o nosso caráter é mais importante do que o nosso serviço para Ele, para nos ensinar a caminhar pela fé e não por vista, e para encorajar-nos a confiar e a ficar em paz?

Por outro lado, que não haja uma pessoa sincera, cuja fé é pequena, e nem um daqueles grandes convencidos que parecem pensar que se eles não se preocupassem, se lamentassem e andassem correndo por aí, fazendo um grande barulho, o universo pararia e se arruinaria - que nenhum desses suponha por um instante que há alguma semelhança entre “perfeita paz” e perfeita indiferença.

A indiferença é filha da preguiça. A paz é filha de uma fé que nunca se cansa na sua atividade, uma atividade que é a mais perfeita e a mais poderosa de que o homem é capaz, pois através dela, pobres homens desarmados já “subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos” (Hb 11:33-35).

Para exercitar esta fé poderosa que traz “perfeita paz,” nós devemos receber o Espírito Santo em nossos corações e reconhecê-Lo, não como uma influência ou um atributo de Deus, mas como o próprio Deus. Ele é uma Pessoa e nos fará conhecer a Jesus e a entender Sua mente e vontade e a compreender Sua constante presença, se confiarmos nEle. Jesus está sempre presente conosco e se ansiarmos por Ele, Ele Se agradará tanto que sempre nos ajudará a fixar nossas mentes Nele.

Entretanto, isto vai requerer um esforço de nossa parte; pois o mundo, os negócios, a fraqueza da carne, as enfermidades de nossas mentes, o mal exemplo das pessoas ao nosso redor, e o diabo com todas as suas artimanhas, tentarão desviar nossos pensamentos do Senhor para nos fazer esquecê-Lo. Assim, talvez, não mais do que uma ou duas vezes em vinte e quatro horas os nossos pensamentos e atenções estarão voltados para Ele, e mesmo assim somente por um grande e concentrado esforço; às vezes mesmo em tempos de oração podemos não encontrar com Deus.

Vamos, então, cultivar o hábito de ter intimidade com Jesus. Quando os nossos pensamentos se desviarem Dele, vamos trazê-los de volta, mas vamos fazer isto em silêncio e pacientemente, pois qualquer impaciência, mesmo conosco mesmos, é perigosa, perturbando nossa paz interior, abafando a calma voz do Espírito, e impedindo a graça de Deus de nos dominar e controlar nossos corações.

Mas se, com toda a mansidão e humildade de coração, permitirmos que o Espírito Santo habite em nós, e obedecermos à Sua voz, Ele manterá nossos corações em santa calma em meio às dez mil inquietações, fraquezas e problemas.


“Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus” (Fl 4:6,7).



Por Samuel L. Brengle

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Inverta a sua preocupação!



Você está preocupado com muitas coisas ao mesmo tempo.

Você anda nervoso, agitado, mal-humorado, impaciente, aborrecido. Você é uma pessoa incômoda. Muitos não gostam mais de sua presença e começam a se afastar de você. Além de volumosa demais, a sua preocupação não está na direção certa.

Inverta a sua preocupação.


Da preocupação com o ter, passe a se preocupar com o ser.

Da preocupação com o que comer, o que beber e o que vestir, passe a se preocupar com o reino de Deus (Mt 6.25-33).

Da preocupação com você, passe a se preocupar com os outros (Fp 2.4). Da preocupação com o tempo presente, passe a se preocupar com a eternidade.

Da preocupação com o corpo, passe a se preocupar com a alma.

Da preocupação com a morte, passe a se preocupar "com a glória por vir a ser revelada em nós" (Rm 8.18).

Da preocupação com a doença, passe a se preocupar com o corpo imortal e incorruptível da ressurreição (1 Co 15.53).

Da preocupação com os tesouros da terra, onde a traça e a ferrugem corroem, passe a se preocupar com os tesouros do céu, onde nada disso acontece (Mt 6.19-21).

Da preocupação com o seu próprio nome, passe a se preocupar com o nome de Jesus (Fp 2.10).


Inverta a sua preocupação e certamente você será mais feliz porque "mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20.35).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

QUANDO SE ACREDITA NA MENTIRA


Hans Meiser, apresentador de televisão alemão, experimentado nos negócios televisivos, concluiu: "Quem leva a televisão a sério está perdido."
Com esta declaração, Hans Meiser, talvez sem o querer, acertou o cerne da questão. Quem acredita na mentira, de fato já está perdido.

Vemos isso quando os primeiros seres humanos caíram em pecado no Paraíso. Eva deu ouvidos à mentira de Satanás: "É assim que Deus disse...?" (Gn 3.1). "É certo que não morrereis" (v.4). O resultado foi que, tanto ela quanto seu marido se perderam no mesmo instante em que deram ouvidos à mentira de Satanás e transgrediram o mandamento de Deus. Eles, com isso, viraram as costas para a verdade divina, comeram o fruto proibido, saíram da comunhão com Deus, tiveram de deixar o Paraíso e a morte passou a governar a vida.

Desde então nada mudou no nosso mundo. O homem acredita mais na mentira do que na verdade que vem de Deus. Quantas mentiras são espalhadas pelos meios de comunicação e até pelos livros escolares. As teorias mais malucas podem ser propagadas, e encontram adeptos em todos os lugares. E, apesar disso, o homem ainda pensa que é inteligente, moderno, "in", acha que está acompanhando os acontecimentos de maneira racional.

Tomemos, por exemplo, a teoria da evolução. Na fábula do sapo que vira príncipe, todos estão cônscios de que se trata de um conto de fadas. Ninguém chegaria a pensar em levar a sério essa história. Mas com a teoria da evolução é mais ou menos assim: acredita-se que o ser humano tenha surgido de outros seres inferiores e que o mundo tenha surgido de uma explosão inicial, e assim por diante. Mas ao contrário da história do sapo que vira príncipe, acredita-se piamente na teoria da evolução e ela é defendida com veemência.

A fé em um Senhor vivo, em um Deus criador, é considerada antiquada e atrasada.
Aqui se levanta a questão: o que requer fé maior, crer na teoria da evolução, que diz que tudo surgiu por acaso, ou crer que um Deus criador fez todas as coisas? Na verdade, tudo neste mundo nos leva a concluir que não pode existir um acaso tão grande como quer dizer a teoria da evolução. Por exemplo, sabe-se hoje que os enormes períodos de tempo, necessários à evolução, produzem o contrário de desenvolvimento e evolução. O aumento de entropia (medida da quantidade de desordem de um sistema) produz a destruição da ordem. Quanto mais tempo houver à disposição, mais fortes serão as marcas da desintegração. Cientistas criacionistas também afirmam que, se a vida pudesse surgir por acaso, isso poderia ser demonstrado através de experiências e cálculos. O surgimento de vida deveria ser repetido em laboratório, mas nada disso aconteceu até hoje.

Até do homem de Neandertal, que há alguns anos era considerado intermediário entre homem e macaco, afirma-se agora que se ele tomasse banho, se barbeasse e andasse vestido de maneira moderna, não se diferenciaria muito dos homens de hoje. Em um supermercado não se notaria a diferença entre ele e uma pessoa que vive no tempo de hoje.

Apesar de todas as pesquisas reais e sérias indicarem que houve uma criação, acredita-se mais facilmente no conto do sapo que vira príncipe do que na verdade que vem de Deus, do qual está escrito:
–"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis" (Rm 1.20).
–Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem" (Hb 11.3).

A seguinte história pode mostrar a diferença entre verdade e mentira:

"Certa vez a verdade e a mentira foram passear juntas. Passaram perto de um belo lago, e o dia estava quente. A mentira falou à verdade: ‘Venha, vamos nadar juntas, está um dia tão bonito.’ A verdade respondeu: ‘Sim, vamos nadar.’ Ambas se despiram, e a verdade pulou na água antes da mentira; a mentira ficou fora da água, pegou as roupas da verdade e sumiu. Desde então, a mentira anda por aí com as roupas da verdade, mas a verdade é considerada mentira." (Norbert Lieth)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

FIRMEZA INABALÁVEL



Não haverá sobrevivência religiosa se não houver firmeza. Daí a veemente exortação de Paulo: "Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor" (1 Co 15. 58).
Sem firmeza ninguém suporta a pressão da carne, a pressão do curso deste mundo e a pressão do diabo. Sem firmeza ninguém suporta a provação, a provocação e a tentação.
Sem firmeza ninguém suporta certas circunstâncias, certos acontecimentos e certos lugares. Sem firmeza ninguém suporta a dor, a doença e a morte. Sem firmeza ninguém suporta a tristeza, a depressão e o estresse. Sem firmeza ninguém suporta o vazio, a solidão e a saudade. Sem firmeza ninguém suporta o imprevisto, o revés e a ruína. Sem firmeza ninguém suporta a indiferença alheia, o desamor e o ódio. Sem firmeza ninguém suporta a crise da adolescência, a crise da maioridade e a crise da terceira idade. Sem firmeza ninguém suporta a falta de emprego, a falta de dinheiro e a falta de comida.

A ausência de firmeza explica o abandono da fé, o abandono da esperança, o abandono do entusiasmo e o abandono do compromisso evangélico da parte de não poucos cristãos, depois de um razoável período de fidelidade a Cristo. É como cantamos: "Quantos, que corriam bem,/ De ti longe agora vão!/ Outros seguem, mas também/ Sem calor vivendo estão".

Sem firmeza a fé não consegue desafiar o tempo. O tempo é a maior prova da autenticidade e da firmeza da fé. Jesus menciona este fato na parábola do semeador. O que aceita a Palavra com alegria mas não se preocupa com o crescimento da raiz terá fé de pequena duração: "Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, logo a abandona" (Mt 13.21).

De onde advém a firmeza inabalável? Uma das mais poderosas nascentes da firmeza é a compreensão da verdade ouvida ou lida. Não é apenas a fé que "vem por ouvir a mensagem" (Rm 10.17). A firmeza também vem da exposição bíblica. Só depois de discorrer empolgadamente sobre a ressurreição de Jesus e a decorrente ressurreição dos mortos, só depois de demonstrar que a morte foi tragada pela vitória ou absorvida na vitória de Jesus, é que Paulo dirige seu apelo aos coríntios: "Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale" (1 Co 15.58, NVI).

O apóstolo havia acabado de dissecar o tema da ressurreição, de demonstrar a ressurreição de Jesus, de cimentar a ressurreição dos mortos com a ressurreição de Jesus, de declarar que Jesus está colocando debaixo de seus pés todas as estruturas malignas e todos os responsáveis por elas, de explicar a natureza do novo corpo ressuscitado, de lembrar que os que estiverem vivos por ocasião da vinda de Jesus terão seus corpos subitamente transformados e de declarar a vitória espetacular de Jesus sobre a morte. Essa última informação é rica demais: "A morte foi absorvida na vitória" (tradução de A Bíblia de Jerusalém). Em outras palavras, a morte foi chupada, exaurida, esgotada, consumida, engolida, arrebatada na vitória de Jesus. Ora, depois de todas essas lembranças, Paulo, então, conclama: "Assim, irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, cientes de que a vossa fadiga não é vã no Senhor".

A firmeza inabalável, que resiste todos os embates em todo tempo, depende também da prática cristã. Basta ouvir o ensino de Jesus: "Quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha". (Mt 7.24-25, NVI.)

Essa aliança de doutrina e prática, de fé e vida, de conhecimento e obras, de revelação e realização, de alvo e busca — é responsável por uma firmeza inabalável, da qual nenhum cristão sério e que deseja permanecer ligado a Jesus até à morte pode dispensar!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

HUMILDADE



Como é fácil acharmos que somos importantes. Quantas vezes nos vangloriamos do que somos e do que temos e às vezes até nos mostramos humildes, sendo que por dentro temos muito orgulho do que conseguimos.

Não é diferente com aqueles que se dizem cristãos. É nos passado uma imagem de que devemos ser humildes, servos, não olhar nossos interesses, e acabamos ressentidos por ter que carregar essa máscara de santidade para que as pessoas nos vejam como somos exteriormente aceitáveis.


Esquecemos que para Deus há outra medida e um diferente padrão para se medir o sucesso. Em I Coríntios 1.26-29 diz que "Deus escolheu as cousas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as cousas fracas do mundo para envergonhar as fortes e as cousas humildes e desprezadas e aquelas que não são para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus" .

Quão sábios seríamos se nos lembrássemos disso! Títulos acadêmicos, riquezas, poder, não têm valor diante do Senhor do Universo.

Nabucodonosor descobriu isso da pior maneira possível. Como rei e governante, ele se achava o tal, até o dia em que precisou comer grama para aprender que o "Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles" (Dn. 4.17).
Por que será que os homens se voltam em busca de riqueza, poder, nome? Por que o homem gasta tempo, esforço e até a própria vida na ânsia de que reconheçam quão importante é? Creio que o homem busca tudo isso porque lhe é dito que essa é a marca do sucesso e ninguém quer ser considerado um fracassado, um perdedor.


Para os cristãos, porém, fica o alerta de Pedro em sua segunda carta, capítulo 5 verso 5 e 6. "Cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes, concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno vos exalte" .
Deus quer homens e mulheres fracos, mas, que busquem a sua força no Senhor. Ele quer homens e mulheres dispostos a sofrerem humilhações por Seu nome e que se disponham a estar sempre sob a sua poderosa mão.
Na humildade de reconhermos que somos completamente dependentes de Deus é que mostraremos ao mundo a nossa força.

Ilkiss Lima Wilhelms