segunda-feira, 20 de abril de 2009

Circunstâncias, Determinismo Psíquico, Genes ou... Escolha?




Martin Bobgan
"Então disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi" (Gn 3.12-13).

No Jardim do Éden, Deus disse: "Adão!", Adão disse: "Eva" e Eva disse: "a serpente". Assim começou o costume de culpar os outros ("Não fui eu, Senhor"), esquivando-se da responsabilidade (foi alguém ou outra coisa) e fazendo o papel de vítima. O papel de vítima da humanidade ("não me acuse – eu não sou responsável") é um tema repetido continuamente na história humana. A humanidade parece ter um desejo férreo de culpar e transferir a responsabilidade a outros, fazendo o papel de vítima.

Determinismo Circunstancial
Quando Adão disse "Eva", ele estava transmitindo uma forma determinística de ver a vida. Ele estava dizendo que a única razão da violação do mandamento de Deus tinha sido a mulher. É possível ouvi-lo dizendo: "Se não fosse por essa mulher, eu não teria deixado de cumprir Seu mandamento." Adão se negou a assumir responsabilidade interior ("Eu o fiz") e, ao invés disso, atribui sua quebra do mandamento a um fator externo (Eva). Eva é acusada: "Ela é responsável por me tentar; eu sou a vítima. Se não fosse por Eva, eu nunca teria feito tal coisa." Tratava-se de determinismo baseado em razões externas, não em decisões interiores. Eva, por seu lado, acusou a serpente, transferindo a responsabilidade por aquilo que tinha feito, e também se colocou no papel de vítima.
O que vemos com Adão e Eva é um desejo de agradar a si mesmo e não a Deus, e uma resposta pecaminosa imediata para externalizar a culpa e a responsabilidade, fazendo o papel de vítima. "Sim", diria Adão, "eu o fiz, MAS fui forçado a fazê-lo. Naquelas circunstâncias, eu não tinha outra escolha." A era do determinismo circunstancial começou com nossos primeiros pais. As circunstâncias incluíam a disponibilidade da árvore e o encorajamento de Eva. Adão até poderia ter acrescentado: "Meu desejo de agradar à minha mulher me levou a fazê-lo."

Determinismo psíquico
Essa longa era de determinismo circunstancial continua até hoje. Entretanto, começando no século passado e prosseguindo até hoje, há um outro determinismo muito influente. Esse novo determinismo começou com o trabalho de Sigmund Freud. No livro "The Freudian Fallacy" ("A Falácia Freudiana"), E. M. Thornton escreveu:
Provavelmente nenhum outro indivíduo teve maior influência sobre o pensamento do século 20 do que Sigmund Freud. Suas obras influenciaram a psiquiatria, a antropologia, o serviço social, a penalística, a educação, e forneceram material praticamente sem limites para novelistas e dramaturgos. Freud criou "um clima de opiniões totalmente novo"; para o bem ou para o mal, ele mudou a face da sociedade. O vocabulário da psicanálise passou para a linguagem do dia-a-dia.[1]
Freud postulou que a razão porque pensamos da maneira como pensamos é que no início da vida (do nascimento até aos 5 anos) passamos pelo que ele chamou de fases psicossexuais de desenvolvimento. Em conseqüência, supostamente incorporamos nossa história humana inicial em nosso inconsciente. Freud ensinou que nossa infância então determina o que fazemos. A mesma coisa que aconteceu no Jardim do Éden, onde Adão e Eva transferiram a culpa, esquivaram-se da responsabilidade e se colocaram no papel de vítimas, dá-se também com o determinismo psíquico de Freud.
De acordo com Freud, a razão porque fazemos o que fazemos e pensamos o que pensamos é que somos psiquicamente determinados a fazê-lo. No sistema freudiano, culpo minhas fases iniciais de desenvolvimento psicossexual; eu não sou responsável, porque fui programado para agir e pensar pelas experiências iniciais da vida; e sou uma vítima dos resultados das minhas fases psicossexuais, que foram programadas em meu inconsciente.

Determinismo genético
Atualmente, entretanto, não estamos limitados às possibilidades de culpar o determinismo circunstancial e o determinismo psíquico. Um novo tipo de determinismo começou nesse século e sua popularidade tem crescido rapidamente durante os últimos dez anos. Trata-se do determinismo genético, biológico, orgânico. Enquanto as circunstâncias e o inconsciente foram os modos populares de transferir a culpa e a responsabilidade no passado, o determinismo genético, biológico e orgânico é o atual acusado dos atos e pensamentos.

Homossexualismo
Uma das melhores maneiras de examinar o determinismo genético é sua aplicação ao homossexualismo. Explicar o homossexualismo a partir do sistema freudiano de determinismo psíquico é bem diferente do que explicá-lo com base no determinismo genético. No determinismo psíquico, o homossexualismo seria relacionado a uma falha de se resolver o conflito edipiano. A explicação de Freud envolveria um pai supostamente passivo e uma mãe dominadora.
Agora analisemos o determinismo genético aplicado ao homossexualismo. A pergunta que temos que responder é: o homossexualismo é uma questão de determinismo genético? Em outras palavras, "algumas pessoas nasceram assim?"

Cérebros homossexuais
O ativista dos direitos dos gays e neurocientista Simon LeVay, do Salk Institute de La Jolla (Califórnia/EUA), provocou manchetes internacionais em 1991 ao declarar que uma certa área do cérebro tendia a ser menor em homens homossexuais do que em homens heterossexuais. Se bem que LeVay tem sido cauteloso em interpretar seus resultados, ele sugeriu que, tendo em vista que essa área específica do cérebro poderia ser intimamente relacionada com o comportamento sexual, ela poderia afetar a orientação sexual.[2]
LeVay autopsiou o cérebro de 19 homens homossexuais, de 16 homens heterossexuais e de 6 mulheres. A parte do cérebro que Simon LeVay informou ser menor em homens homossexuais, conhecida como o terceiro núcleo intersticial do hipotálamo anterior (INAH 3), é de tamanho mais próximo ao da área correspondente em cérebros de mulheres.[3]
Entretanto, essa pesquisa sobre o cérebro tem sido colocada em dúvida por diversas razões. Por exemplo, três dos homens homossexuais no estudo de LeVay tinham as áreas "INAH 3" tão grandes quanto as de homens heterossexuais, do mesmo modo como as de duas mulheres presumivelmente heterossexuais. Outro problema foi que todos os homens homossexuais e alguns dos homens heterossexuais do estudo tinham morrido de AIDS e ninguém conhece os efeitos reais da AIDS e das suas complicações sobre o tamanho e a forma do cérebro moribundo. Além disso, ninguém demonstrou uma relação entre a área "INAH 3" e o comportamento sexual em humanos. Ainda mais: somente os pacientes masculinos com AIDS no estudo de LeVay – e não os heterossexuais presumidos que morreram de outras causas – foram consultados sobre sua orientação sexual antes de morrerem.[4] Desse modo, os resultados são inconclusivos. O próprio LeVay diz:
Isso não provou que o homossexualismo é genético, nem que há uma causa genética para ser gay. Eu não mostrei que os homens gays "nasceram assim", que é o erro mais freqüente que as pessoas fazem ao interpretar meu trabalho. Eu também não localizei um centro gay no cérebro.[5]
Há muitos outros estudos examinando os fatores genéticos e biológicos relacionados com o homossexualismo. Nas conclusões, lemos palavras como: "parece haver", "é possível que" e "poderia ser que". Nada é conclusivo.
Um relatório recente no boletim da Escola de Medicina de Harvard afirma:
Se bem que a teoria de que a orientação sexual é inata tenha se tornado crescentemente popular, estudos genéticos e hormonais e observações da estrutura cerebral indicam que as evidências que apóiam essa teoria são muito fracas.[6]
Neuro-imagens (imagens do cérebro) e alterações cerebrais
Os cientistas estão agora fotografando e fazendo imagens detalhadas da estrutura, do metabolismo e da atividade elétrica do cérebro. Pesquisadores da UCLA, utilizando técnicas de neuro-imagens, concluíram que "terapias de alterações do comportamento produzem mudanças metabólicas funcionais no cérebro do mesmo modo que as terapias com drogas."[7]
Essas pesquisas são bastante preliminares, mas pense a respeito: se as terapias comportamentais podem alterar fisicamente as funções do cérebro em uma desordem mental específica (obsessiva, compulsiva), então é possível que nossos cérebros sejam alterados pelos nossos pensamentos e atos momentâneos. Se alguém segue o Espírito Santo ou segue a carne, o resultado pode ser alguma alteração cerebral. As autópsias de aidéticos feitas por LeVay podem ter meramente revelado um cérebro alterado pelo comportamento. Uma das razões porque o estudo de LeVay foi inconclusivo foi que ninguém sabe se o comportamento homossexual foi encorajado pela anormalidade do cérebro ou se ocorreu o inverso.

Genética e crime
Estamos definitivamente em uma era de determinismo genético. Sim, o determinismo circunstancial e o determinismo psíquico continuam por aí e até florescem. Entretanto, eles estão dando lugar a desculpas genéticas, biológicas e orgânicas para o comportamento.
Uma das áreas de pesquisa mais delicadas nos EUA é a que pretende relacionar a genética com o crime. Considera-se que os EUA são a nação mais violenta no mundo industrializado.[8] Havia grande preocupação de que a culpa iria recair sobre os americanos de origem africana, por causa do seu envolvimento desproporcional na criminalidade. Vinte milhões de dólares seriam gastos no estudo de anomalias bioquímicas relacionadas com comportamento agressivo. O furor provocado obrigou o então Secretário de Saúde e Serviços Humanos a renunciar. É politicamente correto relacionar genética e homossexualismo, mas politicamente incorreto relacionar genética, crime e raça.

A Biologia pode estar envolvida
Mesmo que a Biologia se mostre eventualmente implicada no homossexualismo, no crime e em outros comportamentos, não existe obrigação de seguir a Biologia. A noção de que o homossexualismo é uma orientação inescapável para alguns não tem apoio em pesquisas. Na verdade, a maior parte dos homens homossexuais mudaram sua preferência sexual (a mesma ou oposta) ao menos uma vez e 13% mudaram a orientação no mínimo 5 vezes.
A concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida (veja 1 Jo 2.16) determinam todos os homens. A testosterona é um hormônio relacionado com o desejo sexual, mas ele nunca impõe ou obriga um homem a estuprar uma mulher. Do mesmo modo, os homens não são compelidos pela Biologia a assassinar, assaltar e violentar.

Os mandamentos e as maldições de Deus
Deus tanto prescreveu como proscreveu a área da sexualidade e das relações sexuais humanas. As conseqüências da desobediência têm sido desastrosas. A promiscuidade sexual em muitos países alcançou proporções epidêmicas. O "New York Times" informou: "mais de um quinto de todos os americanos, ou 56 milhões de pessoas, estão infectados com alguma doença sexualmente transmissível."[9]
Em um livro intitulado "The Catastrofe Ahead" ("A Catástrofe Adiante") os autores estabelecem três cenários sobre a disseminação do HIV no ano 2002. Eles crêem que, com alterações de comportamento modestas e sem solução médica significativa, haverá até 15 milhões de pessoas que terão sido afetadas pelo HIV. Outra projeção é de 34 milhões de pessoas no final desta década.[10] Estima-se que a epidemia poderá drenar mais de 500 bilhões de dólares da economia mundial.

As verdadeiras questões
A Palavra de Deus diz: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam" (Is 64.6).

"pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3.23).

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram" (Rm 5.12).

"Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais" (Ef 2.1-3).

Enquanto o mundo procura desculpas através do determinismo circunstancial, psíquico e genético, ele ignora o que Deus disse sobre a raça humana: NASCIDA EM PECADO e PECAMINOSA POR NATUREZA. Sem a intervenção de Deus pela graça e Sua dádiva de nova vida, qualquer pessoa nascida neste mundo está determinada a ser um pecador. Isso é determinismo bíblico.
Determinismo bíblico – um pecador por natureza – permite que as pessoas ajam e até decidam de acordo com sua própria natureza. Entretanto, como cada aspecto dessa natureza está corrompido pela depravação, elas não podem agradar a Deus ou salvar a si mesmas. Porém, no âmbito da sua natureza, o homem toma decisões individuais e Deus o considera responsável por elas.
Deus chamou Adão, Adão culpou Eva, Eva culpou a serpente. E desde então, para escapar da verdade de Deus a respeito da depravação humana, os homens disseram:
1. "Não fui eu, foram as circunstâncias" ou
2. "Não fui eu, foi meu determinismo psíquico (foi culpa dos meus pais)" ou
3. "Não fui eu, foi minha genética (ou biologia, ou cérebro, ou hormônios, ou...)".
Deus, porém, nos considera responsáveis e nos diz o porquê em Romanos 1.21-25: "porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém."
O Senhor inspirou Paulo a escrever aos coríntios: "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Co 6.9-11).

Conclusão
Em Gênesis 3.1, a serpente pergunta a Eva: "É assim que Deus disse...?" E não é isso que acontece atualmente? Vamos seguir a Deus ou à concupiscência da carne, à concupiscência dos olhos e à soberba da vida?
No livro "Gay Theology without Apology" ("Teologia Gay Sem Apologia") o autor diz: "Eu gostaria de sugerir que analisemos a Bíblia de forma menos apologética e mais crítica – que a analisemos não como uma autoridade da qual queremos aprovação, mas como um documento cujas falhas devem ser citadas."[11] Ao menos o autor compreende que a Bíblia condena o homossexualismo. Mas, ele deixou Deus e Sua Palavra para trás. Em contraste, um autor desconhecido escreveu:

A Bíblia contém a mente de Deus, o estado do homem, o caminho da salvação, a recompensa dos santos e o julgamento dos pecadores. Suas histórias são verdadeiras, suas doutrinas sagradas, seus preceitos determinantes. Ela contém luz para guiá-lo, alimento para sustentá-lo, conforto para animá-lo. Ela é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado e o manual do cristão. A Bíblia é um rio de prazer, uma mina de riqueza, um paraíso de glória. Leia-a para ser sábio, creia nela para estar seguro e pratique-a para ser santo.

Quando o Espírito Santo convence um coração, nunca se ouve que tal pessoa faz acusações, se esquiva da responsabilidade ou se coloca no papel de vítima. Nunca se ouve: "Eu fui levado a pecar por causa do meu cérebro, da minha biologia ou do meu nascimento." O que se ouve é o clamor de um pecador, genuinamente convencido pelo Espírito Santo, que agora vê a Deus e clama: "Deus, sê propício a mim, pecador!" (Lc 18.13). (Martin Bobgan – PsychoHeresy Awareness Letter, volume 2, nº 3 – www.psychoheresy-aware.org)

Adaptado de uma palestra de Martin Bobgan na Escola de Teologia de Verão no Tabernáculo Metropolitano em Londres. Pouco tempo depois da palestra, o pastor, Dr. Peter Masters, enviou a seguinte observação ao autor: "Em uma carta intitulada "Genes em Extinção", o professor James Busvine diz: "Se, como se afirma, o homossexualismo tem base genética e tais indivíduos geralmente tem pouca ou nenhuma descendência, é bastante surpreendente que ele não tenha sido eliminado no decorrer da evolução"."[12]

Notas:
E. M. Thornton. The Freudian Fallacy (A Falácia Freudiana). Garden City: Doubleday & Company, 1984, p. ix.
American Health (Saúde Americana), março 1993, p. 72.
Ibid., p. 74.
Ibid., pp. 74-75.
David Nimmons, "Sex and the Brain" ("Sexo e o Cérebro"). Discover, março de 1994, p. 66.
William Byne e Bruce Parsons, "Biology and Human Sexual Orientation" ("Biologia e Orientação Sexual Humana"). The Harvard Mental Health Letter (Boletim de Saúde Mental da Universidade de Harvard), Vol. 10. Nº 8, fevereiro de 1994, p. 5.
"Behavior therapy may help alter some disorders in brain" ("É possível que a terapia comportamental ajude a alterar certas desordens no cérebro"), Santa Barbara News-Press (Noticiário de Santa Barbara), 16 de setembro de 1992, p. A-3.
Time, 19 abril de 1993.
"Sex-linked Diseases on Rise, Study Says" ("Estudo Afirma que as Moléstias Ligadas ao Sexo Estão Aumentando"), Santa Barbara News-Press, 1/4/93, p. A-3.
Santa Barbara News-Press, 13/6/93, p. A-12.
Gary D. Comstock. Gay Theology without Apology (Teologia Gay Sem Apologia). Cleveland: The Pilgrim Press, 1993, pp. 38-39.
James Busvine, "Fading Genes" ("Genes em Extinção"). London Daily Telegraph, 19 de julho de 1993.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Salmo 135

1Louvai ao Senhor! Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor. 2Vós que assistis na Casa do Senhor, nos átrios da Casa do nosso Deus. 3Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável. 4Porque o Senhor escolheu para si a Jacó e a Israel, para seu tesouro peculiar.5Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses. 6Tudo o que o Senhor quis, ele o fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos. 7Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros.8Foi ele que feriu os primogênitos do Egito, desde os homens até aos animais; 9que operou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egito, contra Faraó e contra os seus servos; 10que feriu muitas nações e deu morte a poderosos reis: 11a Seom, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basã, e a todos os reinos de Canaã, 12e deu a sua terra em herança, em herança a Israel, seu povo.13O teu nome, ó Senhor, permanece perpetuamente; e a tua memória, ó Senhor, de geração em geração. 14Pois o Senhor julgará o seu povo e se arrependerá em atenção aos seus servos.15Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. 16Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não vêem; 17têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum na sua boca. 18Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e todos os que confiam neles.19Casa de Israel, bendizei ao Senhor! Casa de Arão, bendizei ao Senhor! 20Casa de Levi, bendizei ao Senhor! Vós, os que temeis ao Senhor, louvai ao Senhor! 21Bendito seja, desde Sião, o Senhor, que habita em Jerusalém. Louvai ao Senhor!

Crescimento na Fé


"Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de [mostarda] direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível". Mt 17. 20

Quase sempre, ao lermos este texto, pensamos nele sob a perspectiva da pequenez da fé. Ou seja, somos levados a crer que mesmo tendo uma fé pequena tão como uma semente de mostarda poderá fazer coisas consideradas impossíveis. Contudo, em outros textos, não parece ser isto o que a bíblia ensina. Só no evangelho segundo Mateus, Jesus critica cinco vezes a pequena fé de seus discípulos ante a coisas menores que uma montanha. ( Mt 6.30; 8.26; 14.31; 16.8; 17.20)

Mas isto não é uma incoerência. O fato é que uma fé do tamanho de um grão de mostarda não pode e jamais operará nada. Jesus quando comparou a fé a um grão de mostarda ele não estava dizendo que uma fé tão pequena poderia realizar coisas tão prodigiosas. Mas ele queria dizer que assim como a semente de mostarda sendo a menor de todas as hortaliças, quando é plantada se torna a maior delas; a fé, por mais que pareça pequena e insignificante, se ela for exercitada, plantada no terreno da vida ela crescerá e será capaz de nos trazer grande providência, ou seja, de realizar coisas prodigiosas.

Compare este texto da fé como um grão de mostarda com a parábola do grão de mostarda. "Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou, e semeou no seu campo; o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos" Mt 13.31, 32.

O grão de mostarda sem ser plantado não dar frutos e ainda é fácil de se perder. Assim é a fé, se ela não estiver depositada no Salvador e crescendo a cada dia pelo conhecimento da Palavra e pelas experiências adquiridas com as provações, ela é inoperante e fácil de se perder. Mas se tal for investida, ela dará muitos resultados.

A bíblia nos ensina que cada um de nós recebeu uma medida de fé dada por Deus ( Rm 12.3), cada um de nós tem um grãozinho de mostarda. E devemos investir esta pequena fé em Deus e sua Palavra para que ela cresça até se tornar operante. Paulo quando escreveu sua Segunda carta aos crentes de Tessalônica ele diz que dava graças a Deus por que a fé deles crescia muitíssimo ( 2Tes 1.3) e esta fé fazia também crescer neles o amor uns para com os outros. Que maravilha!
Como cresce nossa fé?

Através da ministração e estudo sério e ungido da Palavra de Deus. Rm 10.17

Paulo ensina que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. À medida que crêssemos no conhecimento da Palavra nossa fé também cresce, pois passamos a conhecer o caráter e as obras do Deus que cremos.

Pois a Palavra nos dá segurança ante as mais cruéis tribulações da vida, fazendo nossa fé crescer, ela traz a nossa realidade as promessas de Deus que são as bases da nossa fé. E a Palavra que nos revela o caráter fidedigno de Deus que cumpriu e cumprira tudo o que prometeu e ela ainda nos revela a Deus em sua gloria, o que nos permite crer nele de coração.

Através do cultivo de uma vida de oração. Mc 9.29

Depois do episodio dos discípulos não terem conseguido expulsarem o demônio de um jovem lunático a eles levado; Jesus chega, expulsa o demônio e critica aos discípulos por sua falta de fé e aponta esta deficiência deles como sendo o motivo deles terem sido ineficazes contra Satanás. E no verso 29 Jesus revela que, por falta de oração, a fé deles era insuficiente diante daquele fato.

A nossa fé é aumentada através da oração, a oração em si é uma expressão de nossa fé e por outro lado, é um elemento alimentador da mesma.

Nossa fé cresce mediante a vivencia de experiências com Deus. Rm 5.3

E as tribulações advêm das tribulações, das aflições, das lutas que enfrentamos na vida. E quando conseguimos extrair destas lutas as experiências com Deus então teremos como resultado o aumento de nossa fé. Lembre-se de Davi e Golias; Davi só teve coragem de enfrentar a Golias, pois ele era um homem de fé que já havia tido diversas experiências com Deus.


Amados a minha oração é que a vossa fé cresça mais e mais no Senhor até alcançar as proporções que Deus deseja para cada um de nós.


terça-feira, 14 de abril de 2009

A Fofoca


Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com seus feitos". (Cl 3:8-9)

Algo que é muito comum dentro das nossas igrejas são comentários a respeito de atitudes que outros irmãos fizeram, ou ainda de algo porventura viram e não souberam guardar para si.
Essas coisas muitas vezes podem ferir ao irmão pelos quais deveríamos zelar, orar, interceder e até mesmo chamarmos a atenção de alguma coisa que ele tenha feito de errado.
Essa prática é tradicionalmente chamada de fofoca.


A fofoca nada mais é do que relatar algum fato que vimos ou que ouvimos de terceiros que pode trazer vários constrangimentos à toda a Igreja. Ela é capaz de causar grandes estragos no meio em que vivemos tanto para aquele que usa deste ato (perdendo a confiança dos irmãos) como do irmão a qual foi mencionado..
Mas, o que mais essa prática pode trazer pra dentro da Igreja.
Podemos relacionar alguns fatores tais como:


Discórdia: Paulo em 1 Tm 5:13 fala das viúvas novas que pela sua leviandade se tornam faladeiras e intrigantes, isto é, fofoqueiras e por causa dessa prática e leviandade não tem salvação por terem aniquilado a sua primeira fé. A discórdia provém do velho homem e se permitirmos, ele poderá retornar em nós.
Outro fator gerado pela fofoca é a desconfiança.


Desconfiança: Em João 2:24-25 testifica que até Jesus não confiava no homem por causa da maledicência do próprio homem gerado pelo pecado que no mesmo havia. Até mesmo as fofocas determinam a falta de confiança no irmão que a praticou contra quem ele falou.
A fofoca, como nós vimos gera a maledicência:


Maledicência: No Salmo 50:16-20 o Senhor repreende todo aquele que proclama a sua palavra e fala mal do irmão. É considerado como o adúltero, como um ladrão, um mentiroso. A Ele nada mais resta do que se arrepender e pedir perdão a Deus, à Congregação e ao irmão.
Ela também nos revela a malícia nos nossos corações.


Malícia: Cristo chama a estes de hipócritas como está escrito em Mt 22:18. Os ímpios são revelados novamente como idólatras, e mais do que isso, dignos de morte pelo que praticam. Paulo novamente expõe a condenação aos ímpios em Rm 1:28-32.

A Mágoa também é gerada pela fofoca. Paulo exorta que toda a amargura seja retirada de nossos corações (Ef 4:31). Pedro nos exorta ao arrependimento quando estamos cheios de amargura (At. 8:22-23). É nela que se encontra o centro da fofoca, toda o seu fundamento (Rm 3:13-14).
Existem várias outras fontes que são geradas pela fofoca.


Paulo novamente nos exorta que busquemos a paz e a santificação e que não tenhamos nenhuma raiz de amargura que possa nos perturbar e contaminar a outros e que nenhum de nós seja fornicador ou profano (Hb 12:14-16).

Enfim irmãos, se você tem alguma coisa a comentar, fale-o diretamente ao irmão para que haja acerto entre ambos e que a Igreja possa viver em paz, vivendo em harmonia e comunhão uns com os outros. Tenhamos em mente que sem o amor entre nós, nada somos, pois o Senhor nos ordena que amemos uns ao outros como a nós mesmos (Mt 19:19; 22:39).

Assim, poderemos ter paz em nossos corações com Deus e com o nosso irmão.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Páscoa


Egito, dia 14 de abibe, do ano em que os filhos de Israel foram livres da escravidão. Esse seria um dia decisivo. Dia de regozijo para alguns e desespero para outros. Naquela noite, o anjo da morte visitaria o Egito e mataria a todos os primogênitos, desde os animais até o filho de Faraó. Esse seria o castigo de Deus contra o Egito.
Como fariam os israelitas para escapar dessa destruição? Não lhes bastaria serem filhos de Abraão. Não seria suficiente serem pessoas boas e religiosas. O livramento se daria mediante a obediência ao que Deus determinara a Moisés. Naquela tarde, as famílias dos israelitas deveriam se reunir, e cada uma deveria matar para si um cordeiro. Seu sangue deveria ser passado nos portais das casas. Dentro delas, as famílias comeriam a carne do animal juntamente com ervas amargas. A terrível noite chegou e, com ela, o anjo destruidor. Por onde ele passava, deixava as famílias em agonia pela perda de seus filhos. Só escaparam da tragédia aquelas casas em cujas portas havia o sangue protetor. Essa foi a primeira páscoa. Páscoa significa "passar por cima", ou seja, o anjo passava por aqueles que estavam protegidos pelo sangue e não os destruía. (Êxodo 12).
Naquela mesma noite, os israelitas saíram do Egito. A partir desse dia, em todos os anos, na mesma data, os israelitas comemoram a páscoa, matando um cordeiro e comendo a sua carne. Essas comemorações eram apenas símbolo da páscoa comemorada por Jesus com seus discípulos, momentos antes da sua morte. Todos os cordeiros mortos representavam o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29) e que seria morto em uma páscoa. Paulo escreveu aos Coríntios: "Cristo é a nossa páscoa" (I Cor. 5.7). Sua morte significou o nosso livramento, a nossa salvação. Ninguém poderá se salvar baseado em sua própria justiça ou bondade, mas é o sangue de Jesus, o cordeiro de Deus, que nos salva. Ele morreu para que não morramos espiritualmente, mas tenhamos a vida eterna.
Como vimos, Deus ordenou que os filhos de Israel, os judeus, comemorassem a páscoa todos os anos no mês de abibe, que começa em meados de março e termina em abril. Nós porem, não somos israelitas, somos gentios, e, portanto, não temos o dever de comemorar anualmente a páscoa, da maneira como eles o faziam.
Nem mesmo os judeus tem esse dever na atualidade pois, após a morte de Jesus, todos os sacrifícios de animais deveriam ser abolidos. "Cristo, queé a nossa páscoa, já foi sacrificado por nós." (I Cor. 5.7).
Atualmente, muitas pessoas pelo mundo afora comemoram a páscoa. Essa comemoração está repleta de alterações em relação ao sentido original. Em lugar do cordeiro, fazem menção aos coelhos !!! Em lugar das ervas amargas, as pessoas comem chocolate !!! É sempre assim: procuramos algo mais fácil e mais agradável.
Não estamos proibidos de comer chocolate (ainda bem), mas não devemos ignorar o verdadeiro sentido da páscoa. Temos, sim, uma comemoração relacionada a essa festa: a ceia do Senhor. Esta é a nossa páscoa. Não realizada apenas uma vez por ano, mas todas as vezes que comemos o pão e bebemos o vinho em memória da morte do Senhor Jesus.
Estamos assim, a família do Senhor, comendo a carne do cordeiro e bebendo o seu sangue. Nesse momento, nos recordamos que éramos escravos no Egito, o mundo, e que Faraó, Satanás, nos mantinha sob o seu domínio. Mas, naquela tarde de páscoa, o Cordeiro de Deus, o primogênito de Deus, morreu em nosso lugar. Regozijemo-nos e alegremo-nos. O anjo da morte não nos alcançará, pois "nenhuma condenação ha para os que estão em Cristo Jesus". Aleluia!
Anísio Renato de Andrade