1 Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. 2 Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. 3 As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; 4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. 5 E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. 6 Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! 7 Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. 8 E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. 9 Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. 10 E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. 11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! 12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. 13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.
S. Mt 25: 1-13
S. Mt 25: 1-13
Antes de entrarmos com o comentário da parábola, temos que entender como funcionava o casamento na época de Jesus.
NOIVADO
Os noivados no tempo Bíblico eram mais exigente do que os noivados da sociedade contemporânea. O homem assim comprometido com uma mulher, embora não estivesse ainda casado, fica isento do serviço militar(Dt 20:7). Se uma moça noiva fosse estuprada por outro homem, não poderia torna-se esposa deste, como seria normalmente o caso (Dt 22:28,29), por já pertencer ao seu futuro marido. Tal violação envolvia pena de morte(Dt22:23-27).
CASAMENTO
Os noivados no tempo Bíblico eram mais exigente do que os noivados da sociedade contemporânea. O homem assim comprometido com uma mulher, embora não estivesse ainda casado, fica isento do serviço militar(Dt 20:7). Se uma moça noiva fosse estuprada por outro homem, não poderia torna-se esposa deste, como seria normalmente o caso (Dt 22:28,29), por já pertencer ao seu futuro marido. Tal violação envolvia pena de morte(Dt22:23-27).
CASAMENTO
O casamento em si continha várias partes importantes. A cerimônia era essencialmente não-religiosa, a não ser por uma benção pronunciada sobre o casal(“ Ó nossa irmã, sejas tu em milhares de milhares, e que a tua semente possua a porta de seus aborrecedores!” Gn 24:60). O casamento envolvia o preparo e a aprovação de um contrato legal. Isso continua existindo no casamento Judeu até hoje. Alguns Cristãos podem ficar surpresos ao saber que só recentemente foi exigida a presença de um rabino ou sacerdote nas bodas.
O casamento também envolvia os trajes a serem usados. A noiva praticamente adornada como uma rainha(veja Ap 21:2).Depois de banhada, ela tinha os cabelos trançados com todas as pedras preciosas que a família possuía ou podia tomar emprestado(Sl 45:14,15; Is 61:10 ; Ez 16,11,12). As moças que a ajudavam a vestir-se, permaneciam a seu lado como “companheiras” . O noivo também se vestia com elegância e se adornava com jóias(Is 61:10), sendo acompanhado pelo “amigo do noivo”(Jo3:29). Os trajes das núpcias eram tão importantes que se tornavam inesquecíveis(Jr2:32). A noiva e o noivo pareciam e agiam como rei e rainha.
Outro elemento importante do casamento era a procissão no fim do dia. O noivo saía de sua casa para buscar a noiva na casa dos pais dela. Nesse ponto, a noiva usava um véu. Em algum ponto o véu era retirado e colocado no ombro do noivo, e feita a seguinte declaração: “ O governo estará sobre seus ombros”. A procissão deixava então a casa da noiva e seguia para casa do casal, e a estrada escura era iluminada por lâmpadas a óleo carregadas pelos convidados. Na história contada por Jesus, os noivos demoraram mais do que o esperado, de modo que o azeite nas lâmpadas começou a acabar. Só os que tinham levado um frasco de óleo com reserva puderam reabastecer suas lâmpadas e dar as boas-vindas aos noivos(Mt 25:1-13, especialmente vv.8,9). Havia canções e música ao longo do caminho (Jr 16:9) e algumas vezes a própria noiva participava da dança (Ct 6:13). As festas no geral duravam sete dias(Jz 14:12), ou talvez até mais. Os convidados estavam ali para testemunhar que o casamento havia sido consumado.
COMENTÁRIO DA PARÁBOLA
Uma comparação entre 25.13 e 24.42, 44 mostra claramente que existe uma estreita conexão entre essa parábola e a imediatamente precedente. Ambas enfatizam a necessidade de se estar preparado em todo tempo para a vinda do Noivo, Jesus Cristo. Como as dez “virgens” da parábola tinham a obrigação de estar bem preparadas para encontrar com o noivo, assim também todos os que professam Jesus como seu Senhor e Salvador devem estar prontos a recebê-lo quando de seu regresso ele introduzir” o reino do céu”.
As dez são iguais em muitos aspectos. Todas tencionavam encontrar o noivo e escoltá-lo ao lugar onde as festividades deveriam se realizar. Todas possuem lâmpadas. Todas estão esperando o noivo chegar antes que chegue um novo dia, mas nenhuma delas sabe a que hora ele chegará. Todas esperam tomar parte na festa nupcial. Quando o noivo tarda, todas as dez moças adormecem, e desse sono todas despertam. Ainda, porém, que as dez sejam semelhantes umas às outras em muitos pontos externos, sua dessemelhança é ainda mais notável. É básica. É o que realmente conta: cinco eram insensatas; cinco eram prudentes. A insensatez do primeiro grupo é considerada no fato de que estavam totalmente despreparadas para o encontro com o noivo; porque, embora tivessem levado suas lâmpadas, não haviam levado óleo. Todas as moças agora realmente despertas, atiçaram o lume de suas lâmpadas. Tentaram fazê-las brilhar com o máximo de iluminação e beleza. Por um instante tudo parecia bem. Um pavio que não está ainda completamente seco pode arder com intenso brilho por alguns segundos. Não obstante, depois disso, uma vez que as moças insensatas não haviam levado consigo nenhum óleo, suas lâmpadas começaram a tremular, e a crepitar, e a expirar, resultando no agonizante apelo de suas proprietárias dirigido às suas parceiras mais sábias: “Dêem-nos um pouco de seu óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando”. Certas passagens da Escritura estão permeadas de um fundo patético, com profundo senso de tragédia. Pense, por exemplo, em 2 Samuel 18.33:”Meu filho absalão...meu filho absalão... meu filho absalão...” Da mesma forma os “nunca mais”, no final das seis linhas de Apocalipse 18.21-23 a. E assim aqui: quando o noivo chega, as que estão prontas entram. As outras, nunca mais, pois ao chegarem descobre que a porta está fechada. Cf. Lucas 13.25.
Uma vez havendo estudado a parábola e havendo fixado nossa atenção em sua lição principal, isto é, a necessidade preparação constante, coração e vida sempre consagrados ao Senhor aqui e agora, estamos qualificados a perguntar: “Em consonância com essa aplicação principal, quais são algumas verdades subordinadas aqui?” Provavelmente as seguintes:
a) Todos os que professam crer no Senhor Jesus Cristo se assemelham em muitos aspectos; especialmente neste: que todos estão em vias de encontrar com o noivo, Jesus Cristo. Ver Mateus 25.1.
b) As semelhanças são, não obstante superficiais. Existe diferença essencial. Certamente nem todos os que lêem a Bíblia, assistem e até mesmo pertencem a uma igreja, cantam hinos de salvação, fazem púbica profissão de fé, ainda pregam em nome de Cristo, tomarão parte nas bênçãos do regresso de Cristo. Alguns são sábios. Religião com eles não é mera máscara e fingimento. Crêem estar preparados pela fé no Salvador e sua vida é dedicada a ele, e portanto ao Deus Triúno. Outros são insensatos. “Possuem uma forma de piedade, porém negam seu poder”(2Tm 3.5; cf. Mt 7.22,23). E assim, despreparados, viajam ao encontro do Juiz. Ver Mateus 25.2-4.
c) Transcorrerá um longo período entre a primeira vinda e segunda. Ver Mateus 25.5; e sobre 24.9, 14; 25.19.
d) O regresso do Senhor será repentino. Mateus 25.6; e sobre 24.31.
e) A apresentação não é transferível de uma pessoa para outra. Ver Mateus 25.7-9; Provérbio 9.12; Gálatas 6.3-5.
f) Para quem não estiver pronto – isto é, para os não-salvos antes de morrerem, e para os que em sua condição de não-salvos sobreviverem na terra até ao regresso de Cristo – não haverá “segunda chance”. Ver Mateus 25.10-12; também 7.22,23; 10.32,33; 24.37-42; 25.34-46; 2 Coríntios 5.9,10; Gálatas 6.7, 8; 2 Tessalonicensse 1.8,9; Hebreus 9.27.
g) Portanto – e em vista do fato de o momento do regresso de Cristo ser desconhecido - , requer-se vigilância em todo o tempo. Ver Mateus 25.13; também Salmo 95.7, 8;2 2 Corintios 6.2. Não é certo se o “óleo” nessa parábola tem ou não um sentido simbólico. Se tem, então o Espírito Santo, por meio de cujo o poder transformador e capacitador os homens são preparados para receber o Noivo. Ver Mateus 25.2-4; e cf. Isaías 61.1; Zacarias 4.1-6; 2 Tessalonicensses 2.13.
As dez são iguais em muitos aspectos. Todas tencionavam encontrar o noivo e escoltá-lo ao lugar onde as festividades deveriam se realizar. Todas possuem lâmpadas. Todas estão esperando o noivo chegar antes que chegue um novo dia, mas nenhuma delas sabe a que hora ele chegará. Todas esperam tomar parte na festa nupcial. Quando o noivo tarda, todas as dez moças adormecem, e desse sono todas despertam. Ainda, porém, que as dez sejam semelhantes umas às outras em muitos pontos externos, sua dessemelhança é ainda mais notável. É básica. É o que realmente conta: cinco eram insensatas; cinco eram prudentes. A insensatez do primeiro grupo é considerada no fato de que estavam totalmente despreparadas para o encontro com o noivo; porque, embora tivessem levado suas lâmpadas, não haviam levado óleo. Todas as moças agora realmente despertas, atiçaram o lume de suas lâmpadas. Tentaram fazê-las brilhar com o máximo de iluminação e beleza. Por um instante tudo parecia bem. Um pavio que não está ainda completamente seco pode arder com intenso brilho por alguns segundos. Não obstante, depois disso, uma vez que as moças insensatas não haviam levado consigo nenhum óleo, suas lâmpadas começaram a tremular, e a crepitar, e a expirar, resultando no agonizante apelo de suas proprietárias dirigido às suas parceiras mais sábias: “Dêem-nos um pouco de seu óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando”. Certas passagens da Escritura estão permeadas de um fundo patético, com profundo senso de tragédia. Pense, por exemplo, em 2 Samuel 18.33:”Meu filho absalão...meu filho absalão... meu filho absalão...” Da mesma forma os “nunca mais”, no final das seis linhas de Apocalipse 18.21-23 a. E assim aqui: quando o noivo chega, as que estão prontas entram. As outras, nunca mais, pois ao chegarem descobre que a porta está fechada. Cf. Lucas 13.25.
Uma vez havendo estudado a parábola e havendo fixado nossa atenção em sua lição principal, isto é, a necessidade preparação constante, coração e vida sempre consagrados ao Senhor aqui e agora, estamos qualificados a perguntar: “Em consonância com essa aplicação principal, quais são algumas verdades subordinadas aqui?” Provavelmente as seguintes:
a) Todos os que professam crer no Senhor Jesus Cristo se assemelham em muitos aspectos; especialmente neste: que todos estão em vias de encontrar com o noivo, Jesus Cristo. Ver Mateus 25.1.
b) As semelhanças são, não obstante superficiais. Existe diferença essencial. Certamente nem todos os que lêem a Bíblia, assistem e até mesmo pertencem a uma igreja, cantam hinos de salvação, fazem púbica profissão de fé, ainda pregam em nome de Cristo, tomarão parte nas bênçãos do regresso de Cristo. Alguns são sábios. Religião com eles não é mera máscara e fingimento. Crêem estar preparados pela fé no Salvador e sua vida é dedicada a ele, e portanto ao Deus Triúno. Outros são insensatos. “Possuem uma forma de piedade, porém negam seu poder”(2Tm 3.5; cf. Mt 7.22,23). E assim, despreparados, viajam ao encontro do Juiz. Ver Mateus 25.2-4.
c) Transcorrerá um longo período entre a primeira vinda e segunda. Ver Mateus 25.5; e sobre 24.9, 14; 25.19.
d) O regresso do Senhor será repentino. Mateus 25.6; e sobre 24.31.
e) A apresentação não é transferível de uma pessoa para outra. Ver Mateus 25.7-9; Provérbio 9.12; Gálatas 6.3-5.
f) Para quem não estiver pronto – isto é, para os não-salvos antes de morrerem, e para os que em sua condição de não-salvos sobreviverem na terra até ao regresso de Cristo – não haverá “segunda chance”. Ver Mateus 25.10-12; também 7.22,23; 10.32,33; 24.37-42; 25.34-46; 2 Coríntios 5.9,10; Gálatas 6.7, 8; 2 Tessalonicensse 1.8,9; Hebreus 9.27.
g) Portanto – e em vista do fato de o momento do regresso de Cristo ser desconhecido - , requer-se vigilância em todo o tempo. Ver Mateus 25.13; também Salmo 95.7, 8;2 2 Corintios 6.2. Não é certo se o “óleo” nessa parábola tem ou não um sentido simbólico. Se tem, então o Espírito Santo, por meio de cujo o poder transformador e capacitador os homens são preparados para receber o Noivo. Ver Mateus 25.2-4; e cf. Isaías 61.1; Zacarias 4.1-6; 2 Tessalonicensses 2.13.
bibliogafia:
Usos e costumes do tempo Bíblico
comnetário do novo testamento (Mateus) volume 2 William Hendriksen
Paulo Brandão